Páginas

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sobre o nada a mais

Por valor, eu não posso olhar para o lado do qual você pôde sair.
Por amor, eu não vou perguntar de você para o fulano de tal que encontrei.
Por razão, eu lavo minhas mãos, olho para o céu e respiro fundo.
Por você, mais nada, mais nada.

Por valor, saia antes que eu não possa olhar.
Por amor, não deixe o fulano de tal me contar.
Por razão, respire o fundo do céu dos meus olhos lavados.
Por você mais, nada mais, nada.


Por favor, não respire alto, passe desapercebido diante do meu nariz.
Mas o que é que eu estou querendo dizer, meu deus?
Acho que é apenas uma coisa.
Mas, pra você eu já disse tudo, e agora, nada mais.

Por favor, não respire desapercebido diante do alto.
Não chute as pedras do caminho, não perca a vida procurando uma moeda de dez centavos perdida.
Não esqueça de sonhar antes de dormir.
Não seja apenas o nada mais que eu não posso lembrar.

E de resto, nada mais.




Nenhum comentário:

Postar um comentário