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terça-feira, 26 de março de 2013

Não que eu diga que dessa água não beberei nunca mais..

Eu estava bem quietinha, sentada na janela vendo as horas passar
Vi de longe um trintão, com uma cara de durão que precisava se acalmar.
E me pergunta o meu nome, caçoa do meu apelido e lhe convido para sentar
Com um sotaque conhecido diz que tem que acordar cedo, mas, já que estou pedindo, fica até o dia raiar.

Aí me chega esse cara, toca Sampa no violão e me pede para cantar
Diz que se encantou, se embasbacou e que eu tenho que ficar
Pra sempre em sua vida, e lembrei minhas feridas que precisam se curar
Fui sentando do ladinho, batucando meu pandeiro e até pensei em lhe beijar.

Mas me diz que é Argentino e de estrangeiro tenho medo, não vou nem me achegar
Devolve o meu abraço, deixa eu ir ali pro lado, porque senão vou me lembrar...
E ele diz que não entende, que ainda falta a saideira e que é maldade eu negar
Nego beijo ao argentino, mas Sampa eu canto é bonitinho que é pra Caetano não chorar.

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