Eu estava bem quietinha, sentada na janela vendo as horas passar
Vi de longe um trintão, com uma cara de durão que precisava se acalmar.
E me pergunta o meu nome, caçoa do meu apelido e lhe convido para sentar
Com um sotaque conhecido diz que tem que acordar cedo, mas, já que estou pedindo, fica até o dia raiar.
Aí me chega esse cara, toca Sampa no violão e me pede para cantar
Diz que se encantou, se embasbacou e que eu tenho que ficar
Pra sempre em sua vida, e lembrei minhas feridas que precisam se curar
Fui sentando do ladinho, batucando meu pandeiro e até pensei em lhe beijar.
Mas me diz que é Argentino e de estrangeiro tenho medo, não vou nem me achegar
Devolve o meu abraço, deixa eu ir ali pro lado, porque senão vou me lembrar...
E ele diz que não entende, que ainda falta a saideira e que é maldade eu negar
Nego beijo ao argentino, mas Sampa eu canto é bonitinho que é pra Caetano não chorar.
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